quarta-feira, 25 de agosto de 2010

CRONOS

Amanheceu... É dia!
Não que eu consiga,
Na minha parca visão,
enxergar a luz do sol...
Isso não é para mim,
Isso não me pertence...
Estou viva! É só o que sei!
As dores aumentam mais...
E Cronos esqueceu de fazer
Com que o tempo ande
Para que minhas torturas amorteçam...
Cronos, o pai do tempo
Que deu os braços amorosamente
Para os meus martírios diários...
Mas sinto que é dia!
Meus sentidos me dizem isso!
Tenho que sobreviver
Se quiser viver
Para que meus passos,
Hoje cortados e cerceados,
Atinjam a liberdade
De cantar e gritar
A fênix que existe e
Sobrevive para te alcançar...

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