o frio raspa os cascalhos,
acendendo a fogueira da dor,
que transpassa os concretos
das paredes que me cercam...
a ventania uiva no fogo
que incendeia a matéria do corpo,
ardendo no sopro da fresta
que o ar da maresia invade...
uma luz na sombra escura
da faísca que chispa
na pontada de carne que desponta
como fogo de incêndio...
a água escorre no labirinto
das gotas que vão escorrendo
do suor cruel que machuca...
cada poro grita silenciosamente
a cada segundo do instante...
parado, imobilizado, estático
da dor que sufoca e arrebenta
em busca de piedade...
Nenhum comentário:
Postar um comentário