quarta-feira, 1 de setembro de 2010

fogueira

o frio raspa os cascalhos,

acendendo a fogueira da dor,

que transpassa os concretos

das paredes que me cercam...

a ventania uiva no fogo

que incendeia a matéria do corpo,

ardendo no sopro da fresta

que o ar da maresia invade...

uma luz na sombra escura

da faísca que chispa

na pontada de carne que desponta

como fogo de incêndio...

a água escorre no labirinto

das gotas que vão escorrendo

do suor cruel que machuca...

cada poro grita silenciosamente

a cada segundo do instante...

parado, imobilizado, estático

da dor que sufoca e arrebenta

em busca de piedade...

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