terça-feira, 7 de setembro de 2010

Nunca pensei que pudesse sentir tanta dor!

Não falo de dor física,porque essa é fugaz!

Falo da dor de dentro, da dor da alma,

porque essa sim, marca como fogo no coração!

Estou aqui, subjugada e dominada,

me doendo mais que um animal no matadouro!

Eu estou em um matadouro!

E o pior, o que enlouquece, o que desespera,

consciente disso, sendo triturada

e navalhada com a opção de não ser...

Estou chorando agora e dizendo em meio

as lágrimas, obrigada por estares me usando,

com a sua indiferença de me deixares aqui,

te esperando, te suspirando, te desejando...

O teu uso de mim, seja como for, mesmo que tortura,

mesmo que punição, me deixa completa,

inflada, encharcada, molhada, alagada, excitada,

na dor que me excita porque te sei presente...

Tu me chamas de vadia! De cadela tua!

Isso basta... basta na imensidão que me invade!

Tua imbecil, analfabeta, objeto, monte de merda...

Cadela e vadia, puta ordinária que sou sem mentira!

Minhas máscaras caem para ti para que melhor me uses,

eu me dispo para que me devasses e me reveles

ao teu gosto e ao teu prazer!

Perscruto o caminho que te agradas,

para que tenhas orgulho de mim! E me calo,

a tua espera,para melhor lhe servir! Cadela tua!

Em prontidão quando me queres e me desejas!

Não preciso de público porque o espetáculo

não é o zoológico de pavões que se arvoram...

Me basta me saber tua, me saber receptáculo

dos teus desejos, furores, ódios e afagos...

Já me torna inteira, una, tua...

Toma-me Senhora! Eu te agradeço!

Obrigada! Obrigada! Obrigada!


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